Em 2020, o Vigitel completou 15 anos de coleta de dados se consolidando como o maior inquérito de saúde do País, tanto em número de edições consecutivas quanto em número de entrevistas realizadas. Sempre com o objetivo de monitorar a prevalência de DCNT e seus fatores de risco entre adultos no Brasil, em suas 15 edições, o Vigitel entrevistou 288.279 homens e 469.107 mulheres, totalizando informações de 757.386 brasileiros. A coleta de dados do Vigitel é realizada por entrevista telefônica, por telefone fixo.
Entre as DCNT monitoradas por esse sistema estão:
Diabetes;
Câncer;
Cardiovasculares, como hipertensão arterial, que têm grande impacto na morbi-mortalidade e na qualidade de vida da população.
Além do acompanhamento contínuo de alguns fatores de risco para DCNT, diagnóstico médico de diabetes e de hipertensão arterial e exames de detecção precoce de cânceres femininos, o Vigitel também é utilizado para investigar outros temas de forma mais pontual ou temporária, conforme necessidade.
Confira alguns dados do Vigitel 2020.
Tabagismo
No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos fumantes foi de 9,5%, sendo maior no sexo masculino (11,7%) do que no feminino (7,6%). No total da população, a frequência de fumantes tendeu a ser menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre aqueles com 65 anos e mais. A frequência do hábito de fumar diminuiu com o aumento da escolaridade e foi particularmente alta entre homens com até oito anos de estudo (15,1%).
Excesso de peso e obesidade
No conjunto das 27 cidades, a frequência de excesso de peso foi de 57,5%, sendo ligeiramente maior entre homens (58,9%) do que entre mulheres (56,2%). Entre homens, a frequência dessa condição aumentou com a idade até os 44 anos e foi maior nos estratos extremos de escolaridade. Entre as mulheres, a frequência do excesso de peso aumentou com a idade até os 64 anos e diminuiu notavelmente com o aumento da escolaridade.
No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos com obesidade foi de 21,5%, semelhante entre as mulheres (22,6%) e os homens (20,3%). A frequência de obesidade aumentou com a idade até os 64 anos para homens e até os 54 anos para mulheres. Entre as mulheres, a frequência de obesidade diminuiu intensamente com o aumento da escolaridade.
Consumo de bebidas açucaradas
No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 15,2%, sendo mais elevada entre homens (17,9%) do que entre mulheres (12,8%). Em ambos os sexos, o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana tendeu a diminuir com a idade até os 64 anos, e foi mais elevado no estrato intermediário de escolaridade.
Câncer de colo do útero
A realização do exame de citologia oncótica para câncer de colo do útero é preconizada pelo Ministério da Saúde para todas as mulheres de 25 a 64 anos de idade uma vez por ano e, após dois exames anuais negativos, a cada três anos. As maiores frequências de mulheres entre 25 e 64 anos de idade que referiram ter realizado exame de citologia oncótica para câncer de colo do útero nos últimos três anos foram observadas em Florianópolis (89,6%), São Paulo (86,7%) e Porto Alegre (86,5%), e as menores em Maceió (63,1%), Teresina (65,6%) e João Pessoa (66,0%).
Hipertensão Arterial
No conjunto das 27 cidades, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 25,2%, sendo maior entre mulheres (26,2%) do que entre homens (24,1%). Em ambos os sexos, esta frequência aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.
Diabetes
No conjunto das 27 cidades, a frequência do diagnóstico médico de diabetes foi de 8,2%, sendo maior entre as mulheres (9,0%) do que entre os homens (7,3%). Em ambos os sexos, a frequência dessa condição aumentou intensamente com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.