Nome do Projeto: Cuidado Integral à Saúde Mental em Oncopediatria
Responsável pelo projeto: Sandra Emília Almeida Prazeres
Instituição: Associação de Combate ao Câncer Infanto-juvenil
Contato: sandraemilia@app.org.br
Instituições parceiras
Editora Mol e Hospital Infantil Albert Sabin.
Sobre o Projeto
O objetivo do projeto é fortalecer a saúde mental das crianças e adolescentes que convivem com câncer e seus familiares via assistência psicossocial e práticas integrativas e complementares, estas últimas incluindo os profissionais, proporcionando o tratamento de transtornos mentais, por meio de psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico; fortalecer a autonomia diante de limitações funcionais; reduzir o estresse, fomentar o autocuidado e humanizar a assistência e o trabalho em saúde.
A implementação se deu a partir da avaliação das necessidades de saúde mental das crianças e adolescentes assistidos pela Associação Peter Pan (APP), bem como dos seus familiares e dos profissionais. Os recursos vieram de um projeto financiado por uma empresa de negócio social, a saber a Editora Mol que viabilizou a criação de um inovador ambulatório de psiquiatria exclusivo para a oncopediatria e a fixação de um psicólogo e de um terapeuta ocupacional para o atendimento ambulatorial e nas unidades de internação. As práticas integrativas e complementares e ações de humanização foram ofertadas por meio de parceria com voluntários qualificados.
As ações ocorreram também em colaboração com o Hospital Infantil Albert Sabin, instituição que assiste e promove o tratamento para os pacientes e que em parceria com a APP contribui viabilizando o acesso da ONG aos sujeitos beneficiados pelas ações desenvolvidas no Centro Pediátrico do Câncer (CPC), setor dedicado exclusivamente aos cuidados em oncologia.
Os relatórios trimestrais e anuais foram avaliados pelos financiadores, o que concorreu para a renovação do projeto até 2022. Os resultados,até esta data, indicam 4.135 atendimentos psicológicos, 533 sessões de terapia ocupacional, 206 atendimentos psiquiátricos, 613 sessões de terapias integrativas e complementares e 426 de palhaçoterapia, além de 51 visitas virtuais de familiares a crianças e adolescentes de terapia intensiva.
Atualmente a manutenção do projeto permanece ativa por meio do esforço constante da APP junto a instituições da sociedade. A continuidade deste revela ser essencial, tendo em vista o crescente número de novos diagnósticos de câncer no CPC e os desafios e demandas complexas em saúde mental que são enfrentados no contexto atual. Para isso, o financiamento para a execução de ações de saúde mental é aspecto crucial para a implementação do tratamento humanizado no contexto da oncologia, e surge como um diferencial para as empresas e demais setores que possuam interesse em subsidiar futuramente este projeto que corre riscos quanto à sua sustentabilidade.
Ressalta-se que após a implementação do projeto houve melhora significativa na autopercepção das crianças e adolescentes que vivem com câncer e familiares quanto à aceitação do tratamento e a capacidade de desenvolver recursos psicológicos de enfrentamento ao adoecimento, adaptação e superação de limitações funcionais e atenuação das queixas psiquiátricas. Foi relatada a redução de estresse para os usuários e profissionais beneficiados com as práticas integrativas e melhoria da qualidade da assistência para o público das ações de humanização.
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