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Relatório da OPAS foca na prevenção de CCNTs em crianças, jovens e adolescentes

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou durante ao 60º Conselho Diretor da 75ª Sessão do Comitê Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para as Américas o relatório "Política de Prevenção e Manejo de Condições Crônicas Não Transmissíveis em Crianças, Adolescentes e Jovens Adultos".

Foto: Divulgação OPAS

As condições crônicas não transmissíveis (CCNTs) continuam a ser as principais causas de problemas de saúde, incapacidade e morte na Região das Américas, responsáveis ​​por 5.8 milhões de mortes (81% do total de mortes) todos os anos. Os óbitos incluem doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas, e partilham fatores de risco como o consumo de tabaco, o uso nocivo do álcool, a alimentação pouco saudável e a inatividade física. Embora crianças, adolescentes e jovens adultos (até 24 anos de idade) tenham CCNTs, especialmente diabetes tipo 1, asma e certos tipos de câncer, os esforços para abordar as CCNTs concentraram-se na população adulta, sendo as crianças e os jovens largamente ignorados. Vários fatores podem explicar esta situação, incluindo o fato de que as CCNTs serem frequentemente consideradas "condições exclusiva de idosos", enquanto a população jovem é geralmente considerada saudável.


Nas Américas, pouco mais de 14% da população infantil e adolescente era obesa em 2016 (últimos dados disponíveis), enquanto 80,7% dos adolescentes não praticavam atividade física suficiente. Em 2019, 11,3% dos jovens dos 13 aos 15 anos na Região (5,2 milhões) consumiam tabaco, enquanto 18,5% dos adolescentes praticavam consumo excessivo de álcool em 2016.


Ainda estima-se que 314 mil pessoas com menos de 20 anos tenham diabetes tipo 1 (30% a mais que em 1990) e todos os anos 45 mil crianças e adolescentes com menos de 20 anos são diagnosticados com algum tipo de câncer. As taxas de sobrevivência variam amplamente entre os países, dependendo do acesso oportuno ao diagnóstico e ao tratamento de qualidade.


Conheça as linhas de estratégias estipuladas pela OPAS:

  1. Integrar estratégias de prevenção e manejo de CCNTs em programas de saúde para crianças, adolescentes e adultos jovens

  2. Desenvolver ações e políticas multissetoriais para melhorar a promoção da saúde, a prevenção das CCNTs e a redução dos fatores de risco das CCNTs entre crianças, adolescentes e adultos jovens

  3. Fortalecer os serviços de atenção primária à saúde que incorporem soluções digitais de saúde para diagnóstico e tratamento de CCNTs entre crianças, adolescentes e adultos jovens

  4. Fortalecer a capacidade de vigilância das CCNTs e dos fatores de risco para fornecer informações mais oportunas e completas sobre a situação das CCNTs, os fatores de risco e seus determinantes entre crianças, adolescentes e adultos jovens

Outras intervenções custo-efetivas e baseadas em evidências recomendadas na nova política para abordar as CCNTs em crianças, adolescentes e adultos jovens incluem:

  • Vacinar contra o papilomavírus humano (HPV) para prevenir o câncer cervical na idade adulta

  • Oferecer triagem para anemia, asma e diabetes em programas de saúde materno-infantil

  • Fornecer informações e apoio sobre prevenção e cessação do tabagismo, uso de álcool e substâncias psicoativas, atividade física e nutrição

  • Fornecer educação em saúde por meio de escolas, acampamentos e atividades comunitárias

  • Estabelecer ambientes escolares livres de fumo que ofereçam alimentos com baixo teor de gordura, açúcar e sal; e incentivar a atividade física

  • Implementar regulamentos municipais que criem ambientes alimentares saudáveis, espaços verdes e meios de transporte que facilitem caminhadas e ciclismo

  • Estabelecer serviços de saúde apropriados para garantir diagnóstico, tratamento e acompanhamento oportunos das CCNTs na população-alvo

A nova política observa que a prevenção das CCNTs requer políticas públicas multissetoriais, bem como intervenções como a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida (que apenas um em cada três bebês na Região recebe atualmente), seguida de uma nutrição adequada na infância e adolescência.


Acesse o relatório completo aqui.


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