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Poluição do ar e Saúde mental devem ser priorizadas na Reunião de Alto Nível da ONU

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    FórumDCNTs
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

A Reunião de Alto Nível da ONU sobre Condições Crônicas Não Transmissíveis (CCNTs) e Saúde Mental, marcada para 25 de setembro de 2025, em Nova York, representa uma oportunidade histórica para reposicionar essas agendas no centro das prioridades globais de saúde e desenvolvimento sustentável. Pela primeira vez, a saúde mental ocupará um espaço central no encontro, ao lado de fatores críticos como a poluição do ar – principal risco ambiental relacionado ao desenvolvimento e agravamento das CCNTs.

Imagem: Freepik
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Duas publicações recentes — uma da United for Global Mental Health e outra da NCD Alliance — reforçam a importância de compromissos políticos urgentes para frear o impacto dessas condições na vida de milhões de pessoas, especialmente em países de baixa e média renda.


O novo guia de advocacy da NCD Alliance destaca a poluição do ar como um dos principais determinantes ambientais para condições crônicas e transtornos mentais. O material tem como objetivo apoiar organizações da sociedade civil em seus esforços de mobilização e incidência política, especialmente em preparação para a reunião da ONU. Os dados são alarmantes: a poluição do ar causa cerca de 8,1 milhões de mortes por anoquase 90% delas atribuídas a CCNTs como condições cardíacas, AVC, DPOC, câncer de pulmão e diabetes tipo 2. Só no caso da DPOC, quase metade das mortes está diretamente relacionada à poluição. Esses números desafiam diretamente o cumprimento das metas 3.4 e 3.9 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), voltadas à redução da mortalidade por CCNTs e à melhoria da qualidade ambiental.


Já o documento lançado pela United for Global Mental Health, endossado por organizações como Save the Children, World Federation for Mental Health, PATH e MHPSS Collaborative, traz recomendações para garantir serviços de saúde mental integrados, equitativos e baseados em direitos humanos. O texto chama atenção para o impacto desproporcional das condições mentais entre crianças e adolescentes: 1 em cada 7 jovens vive com alguma condição de saúde mental, e o suicídio é hoje a principal causa de morte entre meninos de 10 a 19 anos. Apesar disso, apenas 6% das crianças com essas condições recebem tratamento em países de baixa e média renda, e poucos governos contam com políticas nacionais específicas para saúde mental infantil e juvenil. Além da baixa cobertura, a negligência em ações de prevenção e promoção do bem-estar contribui para limitar o desenvolvimento e o potencial econômico e social de toda uma geração.


Ambas as publicações reforçam a necessidade de ações coordenadas, financiamento sustentável e escuta ativa da sociedade civil — incluindo os próprios jovens — na formulação de políticas públicas. Tanto a crise ambiental quanto os desafios em saúde mental exigem respostas urgentes, integradas e centradas em equidade.


Acesse os materiais completos:


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