Nome do Projeto: Otimização do tratamento da hipertensão arterial Responsáveis pelo projeto: Márcio Galvão Guimarães de Oliveira; Pablo Maciel Brasil Moreira; Erlan Canguçu de Aguiar; Priscila Ribeiro de Castro; Kleiton Coelho de Almeida; July Anne Dourado; Sabrina Miranda de Paula; Milena Flores de Melo; Pablo Moura de Santos.
Instituição: Universidade Federal da Bahia e Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista
Contato: mgalvao@ufba.br; pablomaciel.farmacia@gmail.com
Instituições parceiras
Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista e Medlevensohn.
Sobre o Projeto
A monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) se apresenta como uma tecnologia acessível e efetiva para produzir dados objetivos e seguros para otimizar o tratamento da hipertensão, pois 20% das pessoas que vivem com hipertensão apresentam efeito do jaleco branco em consultório. As farmácias públicas são um ambiente propício para monitorar as pessoas que recebem medicamentos mensalmente pelo SUS e podem ser atendidas por farmacêuticos.
Objetivo
Avaliar a eficácia da MRPA associada ao atendimento farmacêutico, para otimizar o tratamento anti-hipertensivo em idosos com hipertensão sistêmica na Atenção Primária à Saúde.
Método
Em um ensaio clínico, 322 participantes foram randomizados em dois grupos: no controle, o indivíduo idoso com hipertensão recebeu um medidor digital de pressão arterial (PA) e instruções sobre como realizar a MRPA. O médico de família recebeu um relatório com os valores da PA para decidir sobre alterações no tratamento. No grupo intervenção, o participante também realizou a MRPA e o farmacêutico enviou ao médico de família sugestões para otimização do tratamento, além do relatório com os valores da PA. Em ambos os grupos foram realizadas medidas da PA em consultório. Os participantes foram acompanhados por 45 dias e foi avaliada a proporção de participantes com desprescrição de anti-hipertensivos assim como a diferença na PA média entre os grupos em domicílio.
Resultados
Foram alocados 161 participantes em cada grupo. A PA Sistólica medida em consultório foi maior que a residencial em ambos os grupos, com uma diferença média de 4,59 mmHg. Houve desprescrição de anti-hipertensivos em 31 (19,3%) dos participantes do grupo intervenção versus 11 (6,8%) do grupo controle (p=0,01). Após 45 dias da intervenção, as médias da PA Sistólica de consultório e da MRPA Sistólica foram menores no grupo intervenção (p-valor=0,22 e 0,29, respectivamente).
Conclusão
A MRPA associada a um protocolo de manejo da farmacoterapia anti-hipertensiva liderada por farmacêuticos, para colaborar com médicos de família nas decisões clínicas sobre tratamento da hipertensão em idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde se mostrou eficaz para reduzir a pressão arterial sistólica. Além disso, contribuiu na promoção de mudanças na farmacoterapia anti-hipertensiva (desprescrição), com o objetivo de garantir a efetividade e a segurança destes medicamentos.
Os resultados do estudo de intervenção foram apresentados à gestão municipal e as evidências levantadas subsidiaram os gestores a transformar a intervenção como ação estratégica de monitoramento de indivíduos com hipertensão atendidos pela rede de atenção primária, por meio do Protocolo Municipal de Cuidado a pessoas que convivem com Hipertensão Arterial na rede de Atenção Primária à Saúde, que está em fase de implementação.
*Este projeto participou do Concurso de Melhores Projetos Intersetoriais e Multistakeholder para Enfrentamento às CCNTs/DCNTs no Brasil do FórumDCNTs, e foi selecionado entre os 5 melhores.*
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