OMS lança nova orientação e pede transformação urgente das políticas de saúde mental
- FórumDCNTs
- 1 de abr.
- 2 min de leitura
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova orientação para ajudar todos os países a reformar e fortalecer as políticas e sistemas de saúde mental. Os serviços de saúde mental em todo o mundo continuam subfinanciados, com grandes lacunas no acesso e na qualidade. Em alguns países, 9 em cada 10 pessoas com condições graves de saúde mental não recebem nenhum cuidado, enquanto muitos serviços existentes dependem de modelos institucionais desatualizados que não atendem aos padrões internacionais de direitos humanos.

A orientação fornece uma estrutura clara para transformar os serviços de saúde mental de acordo com as evidências mais recentes e os padrões internacionais de direitos humanos, garantindo que o atendimento de qualidade seja acessível a todos.
"Apesar da crescente demanda, serviços de saúde mental de qualidade continuam fora do alcance de muitas pessoas. Esta nova orientação dá a todos os governos as ferramentas para promover e proteger a saúde mental e construir sistemas que atendam a todos."
Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS
Um projeto para a transformação dos cuidados de saúde mental
Embora existam intervenções eficazes de prevenção e tratamento, a maioria das pessoas que vivem com condições de saúde mental não tem acesso a elas. A nova orientação da OMS define ações concretas para ajudar os países a fechar essas lacunas e garantir que a saúde mental seja promovida e protegida, com foco em:
proteger e defender os direitos humanos, garantindo que as políticas e serviços de saúde mental estejam alinhados com os padrões internacionais de direitos humanos;
promover cuidados holísticos com ênfase no estilo de vida e na saúde física, intervenções psicológicas, sociais e econômicas;
abordar fatores sociais e econômicos que moldam e afetam a saúde mental, incluindo emprego, moradia e educação;
implementar estratégias de prevenção e promover a saúde mental e o bem-estar de toda a população; e
garantir que pessoas com experiência vivida tenham autonomia para participar do planejamento e da elaboração de políticas para garantir que as políticas e serviços de saúde mental sejam adequados às suas necessidades.
A orientação identifica cinco áreas políticas principais que exigem reforma urgente: liderança e governança, organização de serviços, desenvolvimento da força de trabalho, intervenções centradas na pessoa e abordagem dos determinantes sociais e estruturais da saúde mental.
A orientação foi desenvolvida em consulta com especialistas globais, formuladores de políticas e indivíduos com experiência vivida. A orientação política também se baseia nos recursos, orientações e ferramentas desenvolvidos sob a iniciativa QualityRights da OMS, visando promover uma abordagem centrada na pessoa, orientada para a recuperação e baseada em direitos para a saúde mental. A OMS apoiará os países na implementação da orientação por meio de assistência técnica e iniciativas de capacitação.
Fonte: Organização Mundial da Saúde