A Organização Mundial da Saúde (OMS) lança o mais recente relatório referente ao “Mapeamento global sobre ações multissetoriais para fortalecer a prevenção e o manejo de condições crônicas não transmissíveis (CCNTs) e condições de saúde mental”, com destaque para as experiências de cada país como o Brasil.
Em 2019, os Estados-Membros da OMS solicitaram ao Diretor-Geral da OMS que fornecesse uma análise entre países sobre abordagens bem-sucedidas para a prevenção e manejo das CCNTs que utilizassem ações multissetoriais. A ideia surge diante da compreensão crescente e um endosso de alto nível da importância de abordagens multissetoriais, colaborativas e fortes, para abordar uma vasta gama de questões sociais, econômicas e de políticas públicas a fim de prevenir e gerenciar as CCNTs e condições de saúde mental.
Este relatório descreve as experiências de diferentes países, áreas e territórios na implementação de ações multissetoriais para combater as CCNTs e é o primeiro passo para responder ao seu pedido de uma análise de tais esforços.
O Brasil submeteu três experiências para a elaboração do relatório pela OMS, atrás apenas de Colômbia, Arábia Saudita, Filipinas e Quênia. A maioria das submissões relata iniciativas que abordam mais de um fator de risco para CCNTs. O consumo do tabaco foi o tema mais citado no enfrentamento de uma substância extremamente preocupante por ser fator de risco para condições crônicas não transmissíveis. O Brasil é um dos países que se destacam pela ação multissetorial e iniciativas para diminuir o uso do tabaco como ações nacionais de comissões ou mecanismos multissetoriais; políticas fiscais sobre o tabaco; proibição de venda de tabaco a menores; abordagens para uma gravidez sem fumo, entre outros fatores.
Além do tabaco, a alimentação pouco saudável foi pautada pelo país, que está diretamente relacionado à obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Citada como exemplo, a Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA) 2021 consolida ações para prevenir a obesidade infantil e promover cidades mais saudáveis. A abordagem multissetorial da estratégia inclui ações dos setores governamentais (por exemplo, educação, bem-estar social, agricultura, justiça, segurança, comércio, indústria, planejamento urbano e recreação e prática esportiva) e do conselho municipal para planejar e implementar iniciativas que permitam um ambiente favorável para as crianças e suas famílias fazerem escolhas mais saudáveis. Conheça as experiências submetidas pelo Brasil.
Experiências submetidas pelo Brasil
Diretriz municipal para diagnosticar rapidamente e gerenciar remotamente o tratamento da síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono na atenção primária à saúde
Instituição remetente: Departamento de Atenção Primária à Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Araguari
Escopo: Regional/subnacional
Ano de início: 2021
Intervenções utilizadas: Campanhas de defesa e comunicação | Conhecimento da força de trabalho em saúde e habilidades | Infraestruturas de saúde e sistemas de informação | Detecção precoce de CCNTs e condições de saúde mental | Acesso, acessibilidade e qualidade do atendimento
Condições em foco: Doenças cardiovasculares, Diabetes e Doenças Respiratórias Crônicas
Comissão Nacional para implementar a Convenção-Quadro da OMS sobre Controle do Tabaco no Brasil
Instituição remetente: Ministério da Saúde
Escopo: Nacional
Ano de início: 1999
Intervenções utilizadas: Campanhas de defesa e comunicação | Políticas, legislação e economia medidas | Ambientes e configurações saudáveis | Conhecimento da força de trabalho em saúde e habilidades | Capacidade nacional de vigilância e investigação
Condições em foco: Câncer e Doenças Respiratórias Crônicas
Fatores de risco em foco: Uso de Tabaco
Estratégia nacional para prevenir a obesidade infantil e promover cidades mais saudáveis (PROTEJA)
Instituição remetente: Ministério da Saúde
Escopo: Local
Ano de início: 2021
Intervenções utilizadas: Campanhas de defesa e comunicação | Políticas, legislação e medidas econômicas | Ambientes e configurações saudáveis | Conhecimento da força de trabalho em saúde e habilidades | Infraestruturas de saúde e sistemas de informação | Detecção precoce de CCNTs e condições de saúde mental | Acesso, acessibilidade e qualidade dos cuidados | Reabilitação, cuidados paliativos e de fim de vida | Capacidade nacional de vigilância e investigação
Fatores de risco em foco: Alimentação não saudável, Inatividade física e Obesidade
Acesse o relatório completo aqui.
As experiências do Brasil e de outros países também pode ser acessada neste link.
Fonte: Organização Mundial da Saúde
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