Todos os anos, aproximadamente 17 milhões de pessoas morrem no mundo de forma precoce (até 70 anos) por doenças/condições crônicas não transmissíveis (DCNTs/CCNTs). Desse preocupante dado, 86% dessas pessoas delas vivem em países de baixa e média renda, como afirma o relatório técnico "Reduzindo riscos e detectando precocemente para prevenir e gerenciar doenças crônicas não transmissíveis", divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS);
As DCNTs são responsáveis por 3/4 das mortes no mundo, principalmente com relação às doenças cardíacas, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. E são diversos os impulsionadores dessas condições como sociais, ambientais, comerciais e genéticos.
Alguns tópicos são destacados no relatório, como:
Sem ação, 150 milhões de adultos morrerão prematuramente (entre 30 a 70 anos) de DCNTs nos próximos 10 anos, sobrecarregando sistemas de saúde e prejudicando o desenvolvimento econômico;
A maioria das DCNTs são evitáveis e colaborativas, por isso o engajamento multissetorial é crucial para lidar com os fatores de risco. A OMS identificou, portanto, intervenções de alto impacto direcionadas a gestão dos fatores de risco e DCNT, com opções para contextos de diferentes países;
Pessoas com DCNTs são vulneráveis à doenças graves e morte por COVID-19. A pandemia também expôs como as DCNTs sofrem de uma status de baixa prioridade e subinvestimento crônico. De fato, a saúde e os serviços para DCNTs estavam entre os mais interrompidos;
Enormes desigualdades na saúde estão ligadas às DCNTs, assim como a pobreza. O risco de morrer prematuramente de uma importante DCNT em populações nos países de baixa renda é o dobro dos países de alta renda;
A OMS delineou um argumento econômico convincente para investir em Prevenção e Controle de DCNT: cada US$ 1 investido renderão um retorno de pelo menos US$ 7 até 2030. E por implementação das melhores compras da OMS, a mortalidade prematura pode ser reduzido em 15% até 2030.
A OMS propões três direções estratégicas para governos nacionais, do roteiro de implementação da 2023:
Acelerar a resposta nacional com base na epidemiologia das DCNTs e nos fatores de risco e nas barreiras e facilitadores identificados;
Priorizar e ampliar a implementação das intervenções mais impactantes e viáveis;
Garantir dados nacionais oportunos e confiáveis sobre fatores de risco e mortalidade por DCNTs para impulsionar a ação.
Em seu relatório, a OMS traz a reflexão de que muitas dessas mortes precoces são evitáveis, e abordar os principais fatores de risco como uso de tabaco, alimentação não saudável, uso prejudicial do álcool, inatividade física e poluição do ar, pode prevenir ou retardar problemas de saúde significativos e um grande número de mortes por muitas DCNTs.
Acesse a íntegra do resumo técnico da OMS. Clique aqui.
Fonte: Organização Mundial da Saúde