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Melhor Atenção ao Câncer em Mulheres, pedem o FórumCCNTs e 44 líderes ao Ministério da Saúde

  • Foto do escritor: FórumDCNTs
    FórumDCNTs
  • 27 de mar.
  • 21 min de leitura

Leia abaixo o ofício construído durante evento em 24 de março de 2025, e encaminhado ao Prof. Dr. José Barreto Campelo Carvalheira, Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, e aos presidentes do CONASS e CONASEMS. Neste estão contribuições do FórumCCNTs e instituições e especialistas parceiros para a melhoria dos cuidados dos principais tipos de câncer em mulheres no país.




RECOMENDAÇÕES PARA APRIMORAR AS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS CÂNCERES MAIS PREVALENTES EM MULHERES NO BRASIL 


Excelentíssimo Doutor José Barreto,


O Fórum Intersetorial de Condições Crônicas Não Transmissíveis no Brasil (FórumCCNTs), iniciativa que visa fomentar parcerias entre o setor público, empresas privadas e entidades do terceiro setor, alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 (ODS 17), apresenta, respeitosamente, este documento (também disponível em nosso site) com recomendações para aprimorar as estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres mais prevalentes em mulheres no Brasil, com ênfase nos cânceres de mama, útero e ovário.


Atualmente, o FórumCCNTs conta com a participação de mais de 250 instituições comprometidas com o alcance da meta 3.4 do ODS 3, que busca reduzir, em um terço, a mortalidade prematura por CCNTs até 2030. Esse compromisso se reflete na elaboração desta carta, assinada por dezenas de especialistas e organizações, que representam milhões de pessoas que vivem com CCNTs no Brasil.


Esta carta de recomendações apresenta os desafios estruturais e específicos associados aos tipos de cânceres mais prevalentes e/ou fatais em mulheres no Brasil, bem como, apresenta a epidemiologia dos casos, as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Outrossim, demonstra os protocolos clínicos e políticas públicas estruturados pelo Ministério da Saúde, os desafios atuais e seus fatores associados. Por fim, apresenta meios para uma mudança no cenário de enfrentamento desses cânceres.


O câncer é um dos principais desafios de saúde do mundo, cuja mortalidade e incidência estão aumentando devido à transição demográfica e epidemiológica, como o envelhecimento da população e mudanças comportamentais 1. Mundialmente, são estimados 25 milhões de casos para 2030. No Brasil,  no ano de 2023, foram diagnosticados 704 mil novos casos de cânceres. Excluindo-se o câncer de pele não melanoma, a estimativa é de 483 mil novos casos, sendo que os tipos de cânceres mais incidentes corresponderam a 70% dos casos. Nas mulheres, o câncer de mama, de colo de útero e de ovário figuram entre os dez mais incidentes, com proporção de 30,1%, 7% e 3%, respectivamente. Além disso, apresentaram as seguintes taxas ajustadas de incidência por 100 mil habitantes no triênio 2023-2025: 41,89; 13,25; 5,011. Segundo dados do estudo Carga Global de Doenças (GBD), no Brasil,  os óbitos por câncer de mama aumentaram significativamente  entre 1990 e 2021, passando de 8.297 para 23.4252. No mesmo período, os  óbitos por câncer de útero  aumentaram de 6.706 em 1990 para 11.248 no ano de 20212 , enquanto os óbitos por câncer de ovário  passaram de 1.853 em 1990 para 5.503 óbitos em 2021.  


O câncer de mama é o principal tipo que acomete as mulheres em âmbito nacional e mundial1, e apresenta tendência crescente na taxa de mortalidade nos últimos anos, no país1. Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas  (PCDT) do Câncer de Mama  no Brasil o rastreamento mamográfico é recomendado para a população feminina  com idade de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Além disso, também é recomendada a sensibilização das mulheres sobre o autoconhecimento das mamas para a percepção de alterações, substituindo a recomendação anterior do autoexame das mamas. Com relação ao diagnóstico, as modalidades são: diagnóstico clínico e diagnóstico histopatológico e molecular. O primeiro, refere-se às alterações mamárias indicativas de câncer. O segundo trata-se da biópsia de casos suspeitos a partir do exame físico, de alterações na mamografia ou de outro exame complementar, como a ultrassonografia mamária. Após o diagnóstico,  é realizado o estadiamento do tumor, sendo mais comumente utilizado a classificação da União Internacional Contra o Câncer (UICC), que utiliza as categorias T (tumor), N (acometimento linfonodal) e M (metástase à distância), chamada simplificadamente de TNM. Essa etapa é fundamental para orientar o tratamento e o prognóstico da doença.


Por fim, o tratamento é realizado de acordo com o estadiamento da doença nas seguintes modalidades, de acordo com a linha de cuidado do câncer de mama no Sistema Único de Saúde3: cirurgias, quimioterapia, hormonioterapia neoadjuvante e adjuvante, terapia alvo, radioterapia adjuvante e reconstrução de mamas, em casos de mastectomia4. 


Diretriz nacional de rastreamento para mulheres de elevado risco

Vale destacar que a linha de cuidado para o Câncer de Mama, do Ministério da Saúde recomenda que as mulheres com 40 anos ou mais com risco elevado de desenvolverem o câncer de mama, devem ter a periodicidade da mamografia avaliada de forma individual, de acordo com os seguintes critérios de alto risco: mulheres e homens com mutação ou parentes de 1° grau (materno ou paterno) com mutação comprovada dos genes BRCA 1/2, ou com síndromes genéticas como Li-Fraumeni, Cowden e outras; mulheres com histórico familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com CA de mama em idade < 50 anos; ou familiar de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral; ou familiar de primeiro grau com de CA de ovário, em qualquer faixa etária, ou familiar homem com diagnóstico de câncer de mama, independentemente da idade; mulheres com história pessoal de câncer de mama invasor ou hiperplasia ductal ou lobular atípica, atipia epitelial plana ou carcinoma ductal in situ e mulheres com história de radiação torácica (radioterapia supradiafragmática prévia) antes dos 30 anos3. 


Embora as evidências apontem o risco elevado de câncer de mama para o grupo que apresenta os critérios acima, a última edição do PCDT do Câncer de Mama do ano de 2024 e as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil do ano de 2015  não abordam essa temática de extrema relevância e não estabelecem os critérios para o rastreamento do câncer de mama para as mulheres com elevado risco de desenvolverem o câncer de mama. Considerando este cenário, o FórumCCNTs promoveu um evento em conjunto com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) que reuniu especialistas da área com o objetivo de colocar esta temática em pauta e incentivar a elaboração de uma diretriz nacional de rastreamento para mulheres com de elevado risco de câncer de mama.


Câncer de colo de útero

Com relação ao câncer de colo de útero (CCU), a necessidade de atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (2016), motivou a organização de um evento em  dezembro de 2024 para discutir esta temática. Neste evento, o ForumCCNTs e outros órgãos competentes publicaram um documento que recomendou a atualização da referida diretriz e destacou a importância da aplicação da mesma por todos os profissionais de saúde envolvidos no rastreamento do câncer do colo do útero.5


O CCU é causado principalmente pela infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus transmitido pelo contato íntimo sexual e que pode causar além do CCU, as verrugas anogenitais e os cânceres de vagina, a vulva, o pênis e garganta. A vacinação de meninas e meninos antes de iniciarem a vida sexual compõem o eixo estratégico para a prevenção primária do CCU. Atualmente, a vacina quadrivalente disponibilizada pelo SUS tem como público alvo indivíduos de ambos os sexos, de 9 a 14 anos6 e previne as infecções causadas por  quatro  tipos do vírus HPV: 6,11,16 e 18, sendo os tipos  16 e 18  frequentemente associados ao câncer de colo de útero e os tipos  6 e 11  responsáveis pelas  verrugas anogenitais6. No ano de 2024, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) seguiu as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e alterou o esquema da vacina HPV, passando de duas doses para dose única. Esta mudança apoiou-se na evidência científica de prevenção do câncer de colo do útero com apenas uma dose da vacina HPV em comunidades com elevada cobertura e com indivíduos sem imunossupressão.


Desde o ano de 2023 a vacina nonavalente contra o HPV está disponível nas clínicas privadas de vacinação e previne as infecções persistentes causadas por cinco tipos de HPV além dos quatro tipos que também estão na a vacina quadrivalente do HPV que é disponibilizada pelo SUS7. No Brasil, o rastreamento do CCU é realizado principalmente na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio do  exame citopatológico de colo de útero, também conhecido como exame de Papanicolau. A população alvo para o rastreamento são mulheres com idade entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual. A recomendação é que o exame seja realizado anualmente nos dois primeiros anos de rastreamento. Após dois resultados negativos consecutivos, o intervalo para o exame pode ser estendido para a cada 3 anos, caso não haja alterações ou suspeitas de lesões precursoras do câncer cervical.

Em 2024, o ForumCCNTs apoiou uma consulta pública para incorporação dos  testes moleculares para detecção de DNA-HPV oncogênico no SUS, haja vista a superioridade dos testes moleculares na detecção de lesões precursoras do CCU frente ao citopatológico, o que poderia significar uma avanço no rastreamento do CCU no país10. Ressalta-se a necessidade de desenvolvimento de protocolos e diretrizes quanto à faixa etária e periodicidade dos testes moleculares, visando o uso correto e eficiente desta tecnologia. 


Câncer epitelial de ovário

O câncer epitelial de ovário é a doença maligna ginecológica mais letal, sendo a nona causa de morte por câncer em mulheres no mundo11. Entre os fatores associados, vale-se destacar histórico familiar, reprodutivos e relacionados aos hábitos de vida11. Com relação à prevenção, devem ser adotadas medidas de redução dos fatores de risco a partir de políticas públicas, como preconizado pela Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPC) instituída em 202312. Os sintomas do câncer epitelial de ovário são inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Aliado a isso, ainda não existe consenso na modalidade de rastreio desse câncer, segundo as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas de Neoplasia Maligna Epitelial de Ovário de 2019. O diagnóstico pode ser clínico e cirúrgico, por imagem, ou laboratorial, e seu estadiamento é feito cirurgicamente. As modalidades terapêuticas detalhadas no DDT de Neoplasia Maligna Epitelial incluem cirurgia e quimioterapia13. Nos últimos anos houve avanços na incorporação de novos medicamentos no tratamento do carcinoma de ovário, como por exemplo a incorporação do medicamento olaparibe no SUS por meio da portaria PORTARIA SECTICS/MS Nº 45, DE 4 DE OUTUBRO DE 2024, porém sua disponibilidade para as pacientes ainda deve ser assegurada pelo Ministério da Saúde.

Nessa perspectiva, os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são fundamentais para garantir as melhores práticas para o diagnóstico, tratamento e monitoramento dos pacientes com câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)14.   Dessa forma, vale destacar os esforços do ForumCCNTs nos anos de 2023 e 2024 para a atualização dos PCDTs e DDTs. Dentre os trabalhos realizados, vale-se ressaltar as recomendações realizadas para o PCDT do Câncer de Mama15, encaminhamento de ofícios para o Ministério da Saúde sobre a necessidade de atualização de PCDTs e DDTs, entre eles o DDT de Carcinoma de Mama16, além de promover eventos com o objetivo de formular recomendações de regulamentação da nova política nacional de prevenção e controle do câncer17.  


Em novembro de 2024 a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Câncer de Mama cujo método de desenvolvimento seguiu recomendações da Diretriz Metodológica de Elaboração de Diretrizes Clínicas do Ministério da Saúde, que preconiza o uso do sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation)18. Esse Protocolo incorporou recomendações realizadas pelo FórumCCNTs15 , em maio de 2024, e encaminhadas à Ministra de Saúde Dra. Nísia Trindade e ao Secretário da SAES, Dr. Adriano Massuda. O documento assinado por 25 líderes e especialista em câncer, fatores de risco e condições crônicas não transmissíveis teve como objetivo recomendar o estabelecimento de protocolos terapêuticos com base em evidências que garantam a segurança, a efetividade e a reprodutibilidade, para orientar condutas e protocolos assistenciais15. Agora é necessário garantir a efetividade do PCDT atualizado, assim como das novas terapias incorporadas no SUS no combate ao câncer de mama que ainda não foram disponibilizadas para os pacientes, como é o caso do TDM-1, medicamento incorporado no SUS em 9 de setembro de 2022, pela Portaria SCTIE/MS n° 98/22, mas ainda não disponibilizado para as pacientes. 

Diante do cenário de aumento da incidência e mortalidade do câncer no país e no mundo, incluindo os cânceres de mama, ovário e útero, políticas públicas com foco na prevenção e vigilância do câncer são necessárias19. No ano de 2023 foi instituída no país a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), Lei 14.758/2312. Esta política visa reduzir a mortalidade e a incapacidade causadas pelo câncer, garantir o acesso adequado ao cuidado integral, diminuir a incidência dos diversos tipos de câncer e contribuir para a melhoria do prognóstico. Também inclui o cuidado integral, a prevenção, o rastreamento, a detecção precoce, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e os cuidados paliativos, assim como o apoio psicológico ao paciente e a seus familiares. Ademais, a política prevê a criação de um banco de dados que permita ao poder público analisar informações sobre casos suspeitos e confirmados de câncer, além do processo de assistência. O mecanismo deve permitir a verificação da posição em filas de espera para atendimento em consultas, exames e demais procedimentos. Na etapa de rastreamento e diagnóstico do câncer, o texto permite o uso da telessaúde para realizar consultas de atenção especializada, entre outros pontos. Já no tratamento propriamente dito, um dos princípios é a utilização de alternativas terapêuticas mais precisas e menos invasivas12. No ano de 2024, o ForumCCNTs promoveu um evento com o objetivo formular recomendações para a regulamentação dessa política, sendo um dos pontos chaves a atualização periódica dos DDTs e PCDTs acerca do rastreamento dos cânceres, assim como a integração de estratégias abrangentes de prevenção do câncer com foco nos fatores de risco modificáveis17. 


Os desafios enfrentados no tratamento e diagnóstico do câncer de mama, de ovário e de colo de útero são reflexos do subfinanciamento do SUS, o que prejudica a garantia da universalidade e integralidade das ações e serviços de saúde. Dentre os desafios, vale-se destacar: o déficit dos serviços que realizam os procedimentos diagnósticos, principalmente a punção por agulha grossa (PAG) e a biópsia cirúrgica, a baixa cobertura mamográfica e do exame citopatológico, a escassez de profissionais capacitados para fazer a punção por agulha grossa, a carência de médicos patologistas no SUS, a demora para diagnóstico e início do tratamento, a diminuição da adesão à vacina do vírus HPV e tratamentos complexos e caros ainda limitados no SUS. Desse modo, os desafios perpassam por questões estruturais por falta de serviços e profissionais qualificados e diminuição das ações de prevenção primária, no caso da vacinação, e prevenção secundária em relação ao rastreamento20,21. Além disso, reforça-se a necessidade de integração entre as ações de rastreamento e tratamento para o combate efetivo dos cânceres em mulheres.  


Além dos entraves estruturais dos serviços de saúde, tem se as desigualdades raciais e de acesso onde mulheres de baixa renda, principalmente aquelas da raça/cor de pele preta, enfrentam mais obstáculos no acesso a exames e terapias adequadas. Segundo dados do Observatório de Oncologia, o diagnóstico do câncer de mama no Brasil ainda é tardio em aproximadamente 40% dos casos. Esse atraso no diagnóstico tem relação direta com a classe social da mulher atingida pela doença. A situação é mais alarmante quando se trata de mulheres pretas. Nas mulheres brancas com câncer de mama, 43% dos diagnósticos ocorreram tardiamente e 28% precocemente. Em mulheres pardas e pretas, a descoberta em quadros mais avançados ocorreu em 52% dos casos, e em apenas 19% o diagnóstico foi no início da doença22. Além disso, existem diferenças no acesso à saúde em mulheres com e sem plano de saúde. No sistema suplementar de saúde, as pacientes são mais frequentemente diagnosticadas no estádio I da doença (40,6% versus 18,5% no sistema público), enquanto que no sistema público no estádio III (33,5% versus 14,7% no sistema privado). Isso pode refletir um menor rastreamento por mamografia no sistema público (53,2% versus 22,9% de câncer de mama detectado por rastreamento, em ambientes privado e público). Ademais, taxas de sobrevida piores também foram observadas no sistema público em comparação às taxas no sistema privado, sendo os pacientes com doença em estadio III-IV com cobertura pública tiveram sobrevida significativamente menor do que aqueles no setor privado23


Ademais, também devem ser considerados os impactos econômicos no sistema de saúde gerados pelo tratamento do câncer. De acordo com Sun et al, os custos médios do tratamento do câncer de mama nos estágios II, III e IV foram 32%, 95% e 109% superiores aos do estágio I 24. Já um estudo brasileiro demonstrou que em relação ao estadio I, onde o custo ao final de três anos de tratamento foi de R$73.718,24, o custo do tratamento para o mesmo período, para os estadios II e III, foi 96% e 129% maior, respectivamente. Já para o tratamento do câncer metastático, o custo final do tratamento foi de R$ 380.817,01, que representa um aumento de 416%, quando comparado ao estádio I25. Ampliar as abordagens no cenário inicial da doença no sistema público, como já visto no sistema suplementar de saúde, tem o potencial de aumentar a chance de cura e reduzir o risco de recorrência ou morte, assim como os custos para o sistema - um impacto positivo para as pacientes, o sistema de saúde e a sociedade. Desse modo, a ampliação das ações de prevenção e promoção para o câncer de mama e demais cânceres em mulheres é fundamental para a redução de gastos e tratamento precoce.


Destaca-se, ainda, a necessidade da disseminação de dados abertos para aprimorar a gestão da saúde, embasando decisões em evidências. Embora já existam dados disponíveis em diversas bases, sua divulgação limitada reduz seu impacto. O acesso a dados epidemiológicos permite identificar grupos de risco e direcionar ações preventivas, além de subsidiar estudos sobre marcadores clínicos que influenciam a sobrevida dos pacientes. Da mesma forma, informações sobre o tempo de espera de exames, cirurgias e tratamentos auxiliam na identificação de gargalos no acesso, especialmente em doenças como o câncer de mama avançado, em que atrasos podem comprometer a eficácia do tratamento: Tempo é Cura!  Além disso, o mapeamento de unidades com maior tempo de espera também possibilita a realocação estratégica de pacientes, otimizando recursos e reduzindo desigualdades no atendimento. No entanto, a baixa qualidade dos dados atualmente disponíveis dificulta análises precisas e a implementação de intervenções eficazes. 


Bases de dados abertas são essenciais para identificar inconsistências e aprimorar a qualidade das informações, tornando as análises mais robustas e confiáveis. O uso do Master Patient Index (MPI) facilita a transição dos pacientes entre as etapas do tratamento, reduzindo erros e atrasos, enquanto dados sobre a disponibilidade de medicamentos auxiliam na gestão de insumos, evitando desabastecimento e garantindo a continuidade dos cuidados. Para avançar na detecção precoce, no tratamento personalizado e na redução das iniquidades no acesso à saúde, é imprescindível fomentar a geração e a disseminação de dados abertos.

Aliado a isso, também é necessário o investimento contínuo nos inquéritos epidemiológicos de saúde para a avaliação do perfil de saúde-doença da população e os fatores de risco para os cânceres em mulheres, visando o apoio na formulação de políticas públicas de prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde. Como exemplo, pode-se citar a Pesquisa Nacional de Saúde, que é o maior inquérito de saúde no país, cuja análise dos dados resultou em diversos estudos sobre a saúde da população brasileira26.


Diante do exposto, concluímos que existe a necessidade de criar ações estratégicas no controle, tratamento e diagnóstico precoce dos cânceres de útero, mama e ovário, analisando os determinantes sociais de saúde, como raça/cor e renda para a implementação de medidas efetivas no cuidado das mulheres acometidas. A participação dos setores público, privado e terceiro é fundamental para unir esforços que viabilizem o fortalecimento de serviços especializados por meio de profissionais capacitados e por conseguinte, um melhor acolhimento e tratamento baseado em evidências e nas necessidades das mulheres com câncer. Além disso, é necessário o fortalecimento de ações de prevenção como intensificar as campanhas vacinais contra o vírus HPV com o retorno delas realizado nas escolas como uma alternativa de aumentar a adesão à vacina e prevenção contra o câncer de colo de útero de forma precoce. 


Sendo assim, com base no exposto, foi elaborada esta carta de recomendações ao Ministério da Saúde e autoridades nacionais e locais para apresentar o cenário atual de saúde no controle dos cânceres que mais acometem e matam mulheres, e compartilhar recomendações para melhorias em programas e políticas públicas, a fim de garantir a saúde e qualidade de vida a essa população. Consideramos a elaboração e implementação de diretrizes atualizadas para rastreamento, prevenção e tratamento dos cânceres femininos, assim como a plena execução destas diretrizes, como medidas essenciais para o avanço da oncologia no Brasil. Resumimos abaixo as principais recomendações para transformar positivamente os panoramas oncológicos e da saúde coletiva das mulheres no Brasil:


I - Protocolo Clínico e Diretrizes: 

I.1 - Atualizar periodicamente os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Câncer de Ovário e do Câncer de Mama, e a cada nova evidência científica sobre formas de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e controle ou a cada incorporação de nova tecnologia..

I.2 - Elaborar Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o Câncer de Útero, com atualizações periódicas sobre formas de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e controle.

I.3- Atualizar periodicamente as Diretrizes Brasileira para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, com a elaboração do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para esse tipo de câncer;

II- Atuar sob os determinantes sociais de saúde que influenciam no câncer em mulheres;

III - Fortalecer estratégias de educação permanente e continuada de forma a:

III.1- Apoiar a atuação dos profissionais da saúde com base nas melhores evidências científicas e nos  PCDTs para o cuidado do câncer nas mulheres.

III.2- Fortalecer letramento e educação em saúde da população, para empoderamento e autocuidados;

III.3- Mais divulgação para amplo conhecimento dos profissionais de saúde, gestores e sociedade civil, dos programas de rastreamento dos cânceres mais prevalentes na população feminina e dos respectivos PCDT. 

IV - Intensificar medidas de prevenção de câncer em mulheres e promoção da saúde:

IV.1 - Intensificar as campanhas da vacina contra o HPV para as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos nas escolas como estratégia para aumentar a cobertura vacinal no país.

IV.2 Fortalecer o rastreamento do câncer de colo do útero pelo exame citopatológico e incorporação dos testes moleculares para detecção do DNA-HPV no âmbito do SUS, assim como PCDT incluindo o uso da nova tecnologia; 

IV.3 - fortalecer a promoção da saúde a partir da atuação nos fatores de risco genéticos, comportamentais, estilos de vida e socioeconômicos dos tipos de câncer mais prevalentes em mulheres; 

IV.4 - Fortalecer o rastreamento do câncer de mama nas faixas etárias indicadas, além de desenvolver diretriz específica para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de alto risco e atuar nos fatores de risco genéticos, comportamentais, estilos de vida e socioeconômico.

V - Dados abertos e inquéritos de saúde: 

V.1  - Disseminar informações epidemiológicas, além de dados sobre o tempo de espera para exames, cirurgias e tratamento, bem como a disponibilidade de medicamentos. 

V.2 - Assegurar a  identificação única do paciente por meio do uso do Master Patient Index (MPI)  nos sistemas de informação em saúde, reduzindo erros de duplicidade de registros e promovendo a disseminação de dados confiáveis e atualizados para a gestão de saúde pública. 

V.3 - Fomentar a geração e qualificação dos dados  para garantir a precisão e a efetividade das análises.

V.4 - Assegurar a continuidade e investimentos nos inquéritos nacionais de saúde para avaliação e monitoramento dos indicadores de saúde da população brasileira e o câncer em mulheres.


Diante de todo o exposto, o FórumCCNTs, seus membros e parceiros, especialmente os que assinam abaixo, cientes de suas missões institucionais, colocam-se à disposição para colaborar para os importantes avanços no que tange esta matéria. Agradecemos receber o número de protocolo SEI (NUP) para acompanhar a tramitação deste ofício. 


Respeitosamente,


Mark Barone, PhD

Fundador e Coordenador Geral

Fórum Intersetorial de CCNTs no Brasil (FórumCCNTs)


Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá, PhD

Professora Adjunta Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública 

Escola de Enfermagem da UFMG 


Ana Maria Drummond, MBA

Diretora Institucional 

Instituto Vencer o Câncer (IVOC)


  Andrea Levy

Co-fundadora e Coordenadora

Instituto Obesidade Brasil


     Alessandra Menezes Morelle MD, PhD  

Médica Oncologista

Oncoclinicas/Thummi


Aline Marcadenti de Oliveira, PhD

Pesquisadora

Instituto de Pesquisa do Hcor


Carlos Aurelio Schiavon, MBA, MD, PhD

Presidente 

Instituto Obesidade Brasil


Carlos Eduardo Mattos da Cunha Andrade, MD, MSc

Médico

Hospital de Amor Barretos


Catherine Moura, MD, MPH, MSc

CEO /Presidente

ABRALE / Movimento TJCC


         Celina Rosa Martins, MBA     

Consultora de Advocacy Instituto Vencer o Câncer


     Claudia Simeire Albertini, PhD

Head relações Internacionais

  Biologix SA


Débora Aligieri, MSc

Administradora

Blog Diabetes e Democracia


Doralice Batista das Neves Ramos, MSc, PhD

Analista de saúde

Painel Brasileiro da Obesidade

Co-facilitadora do GT Obesidade


Elton Junio Sady Prates, BSN

Secretário Geral

Associação Brasileira de Enfermagem Seção Minas Gerais


Fábio Lopes, Esp.

Especialista em Medicina Esportiva e da Atividade Física

Professor de Educação Física

Fundador e Coordenador dos Treinamentos Funcionais e do CEMUSE (Centro Multidisciplinar em Saúde no Esporte)

Instagram: @prof.fabiofialho


Flávia Martins Farias Nunes

Gerente de Relações Governamentais 

Roche Pharma Brasil

Co-facilitadora do GT Oncologia do FórumCCNTs


Gabriel Soares Damaceno

Estudante Bolsista de Iniciação Científica prpq/UFMG/CNPq

Escola de Enfermagem da UFMG


Geovaneide Benta Peixoto 

    Estudante


Jaqueline de Jesus Correia

Presidente do Instituto Diabetes Brasil

CNPJ: 41.192.734/0001-05


Jaqueline Santana, MBA

Coordenadora de ESG

Roche Pharma Brasil


  José Vanilton de Almeida , MSc

Coordenador do Comitê de CCNTs

  Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP)


Kauan Alves Teixeira

Graduando em Farmácia pela Universidade de São PauloEstudante Bolsista PET-Saúde CNPq Estagiário de Estratégias e Soluções Integradas

Roche Pharma Brasil


Ketylin Fernanda Migliato, PhD

Farmacêutica / Doutora em Ciências Farmacêuticas Coordenadora do Grupo Técnico de trabalhos de Mulheres Farmacêuticas


 Leticia Maria Correia Katz, PhD    

Sociedade Brasileira de Citopatologia Diretora de Programa de Saúde Pública


Leticia Martins       

Pós-graduação em Gestão de Pessoas

Diretora de Redação

Momento Saúde Editora


Luís Fernando Villaça Meyer

Diretor de Operações

Instituto Cordial


Maira Caleffi, MD

Fundadora e Presidente

Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)


Maria José Martins de Souza, MSc

Coordenadora do Grupo Técnico de Saúde Pública

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo


Maria Odete Pereira, PhD

Professora Adjunta UFMG

Diretora de Educação e Coordenadora do Departamento de  Saúde Mental - ABEn-MG   www.enf.ufmg.br https://abenmg.com.br 


Mariana Pimenta Souza Melo Satiro 

Estudante Voluntária de Iniciação Científica 

Escola de Enfermagem da UFMG


Mário Celso Lamas Cavaca

Presidente

Atópicos Brasil


Marislene Pulsena da Cunha Nunes, MSc

Coordenadora de Atenção Primária

Secretaria Municipal de Saúde de Araguari


Michely Arruda Bernardelli 

Enfermeira 

Presidente da Associação Doce Vida

Facilitadora do GT Diabetes do Fórum CCNTs


Monica Soares Amaral Lenzi

Farmacêutica com especialização em Farmácia Clínica e Hospitalar em Endocrinologia, Metabologia e Obesidade

Diretora de Educação do MIDB - Movimento Influencers Diabetes Brasil

Membro do departamento de Farmácia da SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

Membro do Grupo Técnico de Trabalho em Diabetes do CRFMG 

Co-Facilitadora do GT CCNTs Sem Estigma, FórumCCNTs


Neila Campos

Presidente

Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA)


Rafaela Siqueira Costa Schreck, PhD

Professora Adjunta Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública 

Escola de Enfermagem da UFMG 


Raissa Mourão Marques da Silva

Estudante Voluntária  de Iniciação Científica 

Escola de Enfermagem da UFMG


Ronaldo José Pineda Wieselberg, MD, MPH

Médico Endocrinologista - CRM-SP 192429 - RQE 127917

Presidente - ADJ Diabetes Brasil

Membro do Comitê Consultivo - Fórum CCNTs

@adjdiabetesbrasil


Rosane da Silva Alves Cunha, MSc

Fisioterapeuta. PMVR. Mestre em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense UERJ Especialização em Gestão de Políticas Informadas por Evidências HSL/PROADISUS/MS/CONASEMS/ 

Co-Facilitadora do GT Infarto e AVC do FórumCCNTs 


Sheila Martins, MD, PhD

Presidente

Rede Brasil AVC


Sonia Maria Martins, PhD

Coordenador  GEPRAPS - CESCO/IPCRG Brasil


Soraya Galdino de Araújo Lucena, MBA

Presidente 

Cosems - PB


Tércia Moreira Ribeiro da Silva, PhD

Professora Adjunta Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública 

Escola de Enfermagem da UFMG 


Wellington Rui Andrade de Assis Junior, MSc Pesquisador CientíficoUNISANTA - Universidade Santa Cecília


William de Lima Selles

Doutorando em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo

Facilitador do GT Oncologia, FórumCCNTs




Referências:

  1. Santos MO, Lima FCS, Martins LFL, Oliveira JFP, Almeida LM de, Cancela MC. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023-2025. Revista Brasileira de Cancerologia [Internet]. 2023 Feb 6;69(1). https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n1.3700

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  3. Linhas de Cuidado - Câncer de mama [Internet]. linhasdecuidado.saude.gov.br. Available from: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/cancer-de-mama

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