Estão previstos 10 GTs do FórumCCNTs para 2025, com os temas:
Alimentação Saudável
Atividade Física
Condições Respiratórias Crônicas
CCNTs sem estigma
DCV
Diabetes
Infarto e AVC
Obesidade
Oncologia
Saúde Mental e Neurológica
Representantes de instituições públicas, privadas, multilaterais ou da sociedade civil podem candidatar-se a integrar um dos Grupos Temáticos (GTs) do FórumCCNTs. As candidaturas poderão ser submetidas aqui, até o dia 14/02.
Os GTs consistem em espaços neutros nos quais os membros de instituições públicas, privadas, multilaterais ou da sociedade civil colaboram entre si para identificar problemas prioritários relacionados às condições crônicas não transmissíveis (CCNTs) e seus fatores de risco no Brasil. Estes stakeholders delineiam ações estratégicas multi e intersetoriais com vistas a reverter ameaças à saúde pública e avançar em termos de prevenção, assim como ampliar e melhorar o acesso e os cuidados para pessoas com CCNTs.
No próximo dia 31 de janeiro, às 16h, o FórumCCNTs realizará uma transmissão ao vivo em seu canal no Youtube, por meio da qaul os interessados irão conhecer os objetivos e planejamento de cada GT para 2025. |
REGRAS GERAIS PARA CANDIDATURA:
Respeitar a Política de Conflito de Interesses do FórumCCNTs (disponível AQUI);
Cada instituição (exceto setor privado - vide regra abaixo) poderá participar de, no máximo, dois GTs, mas seus representantes não poderão ocupar a posição de facilitação ou co-facilitação em mais de um GT;
Instituições do setor privado poderão participar de, no máximo, um GT (exceto as instituições que são parceiras anuais do FórumCCNTs, que poderão integrar, no máximo, dois GTs);
Cada pessoa, independentemente da instituição que representa, poderá participar de apenas um GT.
GRUPOS TEMÁTICOS DE 2025
GT Alimentação Saudável
Facilitadora
Marília Sobral Albiero
ACT Promoção da Saúde
Problema prioritário
Políticas públicas de alimentação e nutrição não endereçam ao mesmo tempo a obesidade, insegurança alimentar e as mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, consumo de água potável não é lembrado como direito humano básico.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Diante de importantes eventos internacionais que acontecerão em 2025, como a Reunião de alto nível da ONU sobre CCNTs e a COP-30 e que dialogarão com o problema proposto por este GT, propomos participação nas consultas e contribuições técnicas nacionais e internacionais nos documentos que subsidiarão tais eventos.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Conseguir que os documentos oficiais destes eventos reflitam propostas que endurecem esta pandemia global - obesidade, insegurança alimentar e as mudanças climáticas - e apoiem o acesso à água potável a toda a população.
GT Atividade Física
Facilitador
Átila Alexandre Trapé
Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EEFERP-USP)
Co-facilitador
Fábio Lopes da Silva
Centro Multidisciplicar em Saúde no Esporte (CEMUSE)
Problema prioritário
Baixo nível de atividade física, com destaque para grupos mais vulneráveis, dentre eles mulheres, população negra, pessoas idosas, comunidade LGBTQIAPN+,os moradores das comunidades rurais, contribuindo para o aumento de incidência de condições crônicas não transmissíveis. Destacamos que o acesso à atividade física no Brasil é um privilégio, ou seja, está fortemente associado com as condições socioeconômicas.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Promover debate em torno da criação da Política Nacional de Práticas Corporais e Atividades Físicas no SUS (PNPCAF) e call-to-action a esse respeito. E, por meio da PNPCAF, poderemos propor maior articulação intersetorial, dialogando com as iniciativas existentes no SUS e em outros setores, como o Esporte e Lazer e integrando esforços para propor ações objetivando a ampliação do acesso à atividade física. Além disso, promover campanhas e ações que possam auxiliar na promoção e acesso às práticas corporais e atividades físicas, que façam sentido para as comunidades rurais e outros grupos vulneráveis, utilizando diferentes meios como as redes sociais, rádios, suporte às lideranças comunitárias, articulação com Unidades de Saúde, entre outros.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Estabelecimento de canal formal de debates e pactuações com o Ministério da Saúde para a criação da PNPCAF. Nesses debates, os demais setores e atores institucionais participarão com vistas a propor uma política que dialogue com as diferentes necessidades e possibilidades Brasil afora, além de melhorar o engajamento de comunidades rurais e outros grupos vulneráveis nas práticas corporais e atividades físicas.
GT Condições Respiratórias Crônicas
Facilitadora
Juliana Franceschini Pereira
Fundação ProAR
Problema prioritário
Falta de conhecimento e capacitação dos profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) sobre sinais/sintomas, diagnóstico e cuidados com pessoas que vivem com doenças respiratórias crônicas, como asma ou DPOC.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Aumentar a capacitação dos profissionais da APS, estimular o engajamento de gestores municipais no melhor cuidado das doenças respiratórias e aumentar o acesso aos medicamentos por meio da APS, resultando em aumento do diagnóstico oportuno, melhores cuidados e diminuição das hospitalizações e mortalidade.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Maior número de municípios aderindo capacitações na APS;
Atualização dos PCDT de asma e DPOC;
Conseguir apoio de influenciadores, personalidades e políticos de todas as esferas para dar visibilidade à pauta.
GT CCNTs sem Estigma
Facilitador/a
Co-facilitadora
Monica Lenzi
Movimento Influencers Diabetes Brasil
Problema prioritário
Linguagem e orientações imprecisas, não empáticas e não baseadas em evidência utilizadas por profissionais de saúde, de comunicação e influenciadores muitas vezes geram estereótipos, ansiedade e dificultam o engajamento nos cuidados e autocuidados adequados.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Campanhas e ações com uso das redes sociais para disseminação de linguagem e orientações com base científica. Proposta de dispositivos legais para coibir desinformação e preconceitos.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Sensibilização da sociedade para uso de linguagem e orientações empáticas e baseadas e evidência, reduzindo estereótipos e favorecendo autocuidados adequados.
GT Doenças Cardiovasculares
Facilitadora
Patrícia Vieira de Luca
Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar - CEO
Co-facilitadora
Ana Carolina Micheletti
Universidade Fderal de Minas Gerais (UFMG)
Problema prioritário
Lentidão no atendimento nas UBS para rastreio e monitoramento das CCNTs.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Produzir carta de recomendação para colocação de ante salas para rastreio e monitoramento, com enfermeiro clínico, a fim de facilitar a propedêutica da pessoa com a CCNT, fluxo de atendimento, bem como o monitoramento da sua condição independentemente do nível de atenção em que está inserido. Utilizando-se de ferramentas adequadas para uma maior resolutividade. (exemplos: POCT, Telessaúde, pequenos laboratórios)
Mudanças esperadas até o final de 2025
Entrega de carta de recomendação às secretarias de saúde e Ministério da Saúde.
GT Diabetes
Facilitadora
Michely Arruda Bernardelli
Associação Doce Vida
Problema prioritário
Alta taxa de diagnóstico tardio de diabetes tipo 2 em adultos acima de 40 anos, devido à falta de conhecimento sobre sintomas iniciais e fatores de risco.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Elaborar e distribuir materiais educativos nas plataformas digitais, com o objetivo de sensibilizar a população adulta sobre os fatores de risco e sinais iniciais do diabetes tipo 2. Contribuir com ações das instituições participantes do GT para amplificar ações de: conscientização regionais, entre os meses de junho e novembro, sobre sintomas iniciais, fatores de risco e realização de teste de glicemia capilar, rastreio de complicações crônicas com possibilidade de aplicação de questionário para rastreio (risco de desenvolver diabetes dentro de 10 anos) online e/ou presencialmente e palestra online sobre saúde mental nos DM2.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Aumentar o número de diagnósticos de DM2 através das campanhas, levando a conscientização sobre sinais, sintomas, rastreio das complicações nos dm2 e levar conhecimento para esta população sobre a saúde mental.
GT Infarto e AVC
Facilitador/a
Co-facilitadora
Rosane Cunha
Prefeitura Municipal de Volta Redonda - RJ
Problema prioritário
Programas exitosos estão limitados a poucas regiões do país, e o conhecimento da população sobre os fatores de risco e sinais de alerta de infarto e AVC é baixo, especialmente em comunidades vulneráveis, resultando no atraso no reconhecimento dos sintomas e na busca por atendimento emergencial adequado.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Realizar campanhas para aumentar a conscientização da população e profissionais de saúde sobre sinais, sintomas e linha de cuidado do infarto e do AVC e expandir modelos exitosos de atenção e reabilitação para infarto e AVC pelo Brasil.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Ampliação do conhecimento da população e profissionais de saúde, resultado em atendimento de infarto e AVC em menor tempo e melhor prognóstico.
Escala de modelos exitosos para tratamento e reabilitação para infarto e AVC.
GT Obesidade
Facilitadora
Aline Marcadenti de Oliveira
HCor
Co-facilitadora
Doralice Ramos
Painel Brasileiro da Obesidade
Problema prioritário
Aumento contínuo da prevalência da obesidade no país, associado à falta de conhecimento dos profissionais de saúde e da sociedade sobre suas implicações.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Proposição de audiência pública, com o engajamento significativo de pessoas com obesidade, a fim de debater e planejar ações intersetoriais e multistaskeholders para melhorar o cenário da prevenção, cuidados e estigma da obesidade no país.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Mais investimento nas políticas públicas de saúde voltadas ao cuidado integral da obesidade, mais participação de pessoas com obesidade nas políticas públicas, atualização das linhas de cuidado para a obesidade e políticas mais efetivas para o manejo da obesidade.
GT Oncologia
Facilitador
William de Lima Selles
Universidade Cidade de São Paulo (USP)
Problema prioritário
Inequidade/desigualdade no acesso ao tratamento do câncer no Brasil para populações negras, pardas e em vulnerabilidade social.
Ações intersetoriais de enfrentamento
Desenvolver e implementar estratégias para reduzir as disparidades raciais no tratamento do câncer no Brasil, com foco na melhoria do acesso à saúde, diagnóstico precoce e tratamentos adequados para a população negra, parda e em vulnerabilidade social. O grupo buscará promover políticas públicas inclusivas, aumentar a representatividade de profissionais negros na saúde e identificar soluções para superar barreiras socioeconômicas, visando garantir igualdade no enfrentamento da doença e a redução das taxas de mortalidade entre essas populações
Mudanças esperadas até o final de 2025
Ampliação do debate sobre as desigualdades sociais e raciais na saúde: Espera-se que as campanhas de conscientização e os eventos educativos promovam uma maior visibilidade para as disparidades sociais e raciais no tratamento do câncer, criando um movimento de maior pressão social para mudanças nas práticas de saúde.
GT Saúde Mental e Neurológica
Facilitador
Luiz Roberto (Beto) Carvalho
Cofundador Vertentes Ecossistema de Saúde Mental
Co-facilitadora
Maria Odete Pereira
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Problema prioritário
Fragilidade de uma abordagem estruturada, intersetorial e integrada que posicione a saúde mental como um direito fundamental de crianças, adolescentes e jovens assim como a participação efetiva e protagonismo das juventudes em contextos políticos, alinhada às diretrizes da Convenção sobre os Direitos da Criança (CRC).
Ações intersetoriais de enfrentamento
Este processo envolverá atores diversos, incluindo sociedade civil, juventudes, entidades governamentais e acadêmicas, para consolidação de um relatório complementar que será submetido à ONU em maio em decorrência do processo de revisão dos direitos das crianças (CRC). Com base nesse relatório buscaremos no segundo semestre referências de ações concretas de planos e políticas municipais e estaduais que integram a participação e protagonismo de juventudes junto às secretarias de saúde e educação, abordando questões como saúde mental em contextos escolares, planos de adaptação climática e resiliência, assim como casos de implementação do Plano Decenal e da Política dos Direitos Humanos das Crianças e dos Adolescentes. Na instauração, legitimação e regulamentação de iniciativas essenciais como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens (PNAISAJ), Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares (Lei 14.819/2024) e incidência do PL 1883/2024 que institui a Política Nacional de Resiliência Psicossocial. Assim como destacando a temática da saúde mental e participação de juventudes na COP30.
Mudanças esperadas até o final de 2025
Construção de um relatório complementar destacando a Saúde Mental como direito fundamental no processo de revisão dos direitos das crianças da ONU.
Maior destaque para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, com levantamento de cases locais, bem como de seu protagonismo na construção de Políticas Públicas priorizando a saúde mental em políticas de saúde, educação e de enfrentamento de questões climáticas.
Fortalecimento de uma rede de jovens protagonistas em saúde mental comunitária e em estratégias de enfrentamento de questões climáticas
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