Como já é conhecido do público do FórumCCNTs, os fatores de risco para as condições crônicas não transmissíveis (CCNTs) são inúmeros e precisam ser reconhecidos e alertados para o maior número de pessoas, sejam elas com ou sem condições como essa. No mês de maio o Dr. Mark Barone, Coordenador-geral do FórumCCNTs, concedeu entrevista para o portal Futuro da Saúde em que compartilha importantes informações sobre fatores de risco, estereótipos e exemplos de casos de sucesso pelo Brasil.
A matéria de Futuro da Saúde ressalta as mudanças inspiradoras que os fatores de risco podem implicar nas políticas públicas, como na tributação de produtos nocivos à saúde e o trabalho intersetorial para que mudanças como essa ocorram. Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 em cada 10 mortes prematuras, (pessoas entre 30 e 69 anos) provocadas por CCNTs, acontecem em países de baixa e média renda.
Entrevistado pela vivência, trabalho e referência no assunto, o Dr. Mark Barone concedeu entrevista ao portal e de início ressaltou o estereótipo ainda existente de que uma pessoa com hábitos saudáveis já está prevenida, sem riscos de qualquer CCNT. Porém, este olhar arraigado na sociedade também confronta os determinantes sociais, no qual ter e manter estes hábitos se torna uma atividade "cara" em comparação a alimentos ultraprocessados que "cabem" no orçamento do brasileiro.
Com um longo desafio pela frente, o movimento da tributação ainda impacta a população que teme pela parte econômica ao realizar suas compras, principalmente para proporcionar uma alimentação mais saudável. O problema está nas prateleiras dos estabelecimentos, com produtos não saudáveis muito mais acessíveis do que produtos saudáveis.
O trabalho na prática, aquele que vai além de cartilhas, instruções e postagens, também foi citado como exemplo por um trabalho no interior da Bahia com academias ao ar livre. Além dos equipamentos, professores e grupos de pessoas com CCNTs se uniram para realizar sessões semanais de exercícios com o acompanhamento adequado. "Às vezes o equipamento está disponível, mas não há uso porque a pessoa não sabe como usar, ou até usa, mas não cria rotina. Quando você estabelece isso como uma atividade social, há um aumento no engajamento", destaca Barone.
Ao fim da entrevista, o Dr. Mark Barone conclui que o trabalho intersetorial e o investimento contínuo em educação de profissionais de saúde têm extrema importância na construção de uma saúde pública efetiva e eficaz e a credibilidade deste profissional tem impacto direto nessas decisões.
Confira a matéria completa no Futuro da Saúde aqui.
Fonte: Futuro da Saúde
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