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Conselho de Economia da Saúde para Todos da OMS faz recomendações para a população

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lança o relatório final do Conselho de Economia da Saúde para Todos da OMS, intitulado "Saúde para Todos: transformando economias para fornecer o que importa". O importante documento traz reflexões como tornar o financiamento em saúde seja mais eficaz e sustentável e ser mais acessível para que toda a população possa ser atendida com qualidade.

Foto: Divulgação

Mariana Mazzucato, presidente do Conselho de Economia da Saúde para Todos da Organização Mundial da Saúde (OMS), produziu esse documento em parceria com economistas ou que trabalham com políticas públicas em saúde. O relatório serve como guia com sugestões para implementar, na prática, mudanças necessárias como o financiamento da saúde, reorientação de valores na parte econômica, inovação e qualificação do setor público. Ainda é possível encontrar um debate entre mudanças climáticas e crises sanitárias e a falta de intersetorialidade entre os serviços públicos e os setores privados. "Uma população saudável não é apenas capital humano e capital social, ou um subproduto do crescimento econômico. A saúde é um direito humano fundamental", destaca Mariana.


Para o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS, "o bem-estar físico e mental de todos deve ser um objetivo central das economias, e não apenas um trampolim para alcançar outros objetivos". Autor do prefácio, ele exalta a criação do Conselho em 2020 que desde então está concentrado em "reimaginar as medidas de desenvolvimento e crescimento econômico; melhorar a qualidade e a quantidade de financiamento para a saúde; obter governança focada na equidade para novas vacinas e tratamentos; e desenvolver as capacidades de que precisamos no governo e na sociedade para fornecer Saúde para Todos".


O Conselho de Economia da Saúde para Todos da OMS tem clamado mudanças no pensamento econômico – em cada país, região e globalmente – para priorizar a Saúde para Todos. Com base no trabalho anterior do Conselho, este relatório final fornece 13 recomendações, organizadas em quatro pilares inter-relacionados:


VALORIZAÇÃO DA SAÚDE PARA TODOS


1. VALORIZAÇÃO DO ESSENCIAL

Trate a saúde e o bem-estar, os profissionais de saúde e os sistemas de saúde como um investimento de longo prazo, não como um custo de curto prazo.


2. DIREITOS HUMANOS

Use compromissos legais e financeiros para fazer valer a saúde como direito humano.


3. SAÚDE PLANETÁRIA

Restaure e proteja o meio ambiente, mantendo os compromissos internacionais em prol de uma economia regenerativa que conecta o planeta e as pessoas.


4. PAINEL PARA UMA ECONOMIA SAUDÁVEL

Use uma variedade de métricas que acompanham o progresso nos principais valores sociais, acima e além da medida estreita e estática do PIB.


FINANCIAMENTO DA SAÚDE PARA TODOS

Foto: Divulgação

5. FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO

Adote uma abordagem abrangente e estável para financiar a Saúde para Todos.


6. QUALIDADE DAS FINANÇAS

Redesenhe a arquitetura internacional de finanças para financiar a saúde de forma igualitária e proativa com uma resposta eficaz e inclusiva à crise.


7. FINANCIAMENTO E GOVERNANÇA DA OMS

Garanta que a OMS seja devidamente financiada e governada para desempenhar seu papel-chave de coordenação global em Saúde para Todos.


INOVAÇÃO PARA A SAÚDE PARA TODOS


8. INTELIGÊNCIA COLETIVA

Construa alianças público-privadas simbióticas para maximizar o valor público, compartilhando riscos e recompensas.


9. BEM COMUM

Projete a governança do conhecimento, incluindo regimes de propriedade intelectual, para que o bem comum garanta o acesso global igualitário a inovações vitais em saúde.


10. ORIENTAÇÃO COM FOCO EM RESULTADOS

Alinhe a inovação e as estratégias industriais com missões intersetoriais ousadas para proporcionar a Saúde para Todos


FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DO SETOR PÚBLICO EM PROL DA SAÚDE PARA TODOS


11. ABORDAGEM INTEGRADA DE GOVERNO

Reconheça que a Saúde para Todos não é apenas para os ministérios da saúde, mas para todas as agências governamentais.


12. CAPACIDADE DO ESTADO

Invista nas capacidades dinâmicas do setor público, institucionalizando a experimentação e a aprendizagem, de modo a liderar de forma eficaz a oferta da Saúde para Todos.


13. CONSTRUÇÃO DE CONFIANÇA

Demonstre transparência e engajamento público significativo para responsabilizar os governos pelo bem comum.


Em resumo, a saúde deve ser vista como um investimento a longo prazo, não um custo a curto prazo desse direito humano fundamental. A Saúde para Todos não fica apenas no nome do documento ou Conselho, mas sim como objetivo geral, com a economia aliada a saúde. Assim, o Conselho espera conseguir articular e avançar em uma nova narrativa que reconheça saúde e economia como interdependentes e que a "despesa" seja trocada pelo "investimento".


Acesse o material completo aqui.


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