O FórumDCNTs estimula todos os seus membros e demais interessados nos temas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e acidente vascular cerebral (AVC) a se manifestarem na Consulta Pública 110, aberta pela CONITEC, para o recebimento de contribuições até o dia 19/1/2022.
Abaixo seguem os comentários já submetidos pelo FórumDCNTs, revisados com auxílio da Dra. Sheila Martins (presidente da Rede Brasil AVC e da World Stroke Organization – WSO), para que possam eventualmente auxiliar outras manifestações. Pedimos que o texto abaixo não seja copiado, a fim de que cada submissão seja considerada legítima.
O Fórum Intersetorial para Combate às DCNTs no Brasil (FórumDCNTs), iniciativa inter e multi setorial e multi stakeholder, fundada em 2017, através da parceria entre as principais instituições não governamentais, empresas da área da saúde, universidades, órgãos do governo e multilaterais, com a finalidade de identificar prioridades sobre as diferentes doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e seus fatores de risco, assim como facilitar colaborações para a implementação, sustentabilidade e escala de estratégias custo-efetivas e políticas de saúde para enfrentá-las, vem respeitosamente parabenizar a iniciativa de atualização do PCDT de AVCi Agudo, melhorando a tomada de decisão dos gestores e profissionais da saúde no sistema público de saúde no Brasil.
Após a leitura, gostaríamos de acrescentar algumas sugestões referentes ao fluxograma de tratamento apresentado e considerações nos itens de monitoramento e gestão e controle:
6.4. Fluxograma de tratamento do paciente com suspeita de AVCi agudo
Verificar figura 1, na página 20 e figura 1 da página 21. Os quadros “AQUISIÇÃO DE NEUROIMAGEM” divergem entre si dificultando a compreensão da necessidade ou não do contraste na TC. Aparentemente apenas a primeira figura está correta e, com isso, será importante retirar a figura da página 21.
7. Monitoramento.
Faz-se importante lembrar da alta frequência da disfagia e sua relevância na morbi-mortalidade nas pessoas acometidas pelo AVC, que pode ser transitória ou permanente. Esta não está contemplada neste protocolo e é fundamental que seja incluída. A necessidade do diagnóstico precoce e medidas assertivas para evitar bronco-aspiração são imprescindíveis para o melhor prognóstico, principalmente no tempo de hospitalização e qualidade de vida. Assim, apesar do screenning, e de a disartria estar presente na “VERSÃO E ADAPTAÇÃO AO PORTUGUÊS DA NIH STROKE SCALE UTILIZADA EM ESTUDO DE CONFIABILIDADE NO BRASIL”, citado como referência de apoio a este protocolo, e que um índice acima de 10 está relacionado com um maior risco para disfagia, sugerimos consulta e citação à recente publicação da European Stroke Organisation and European Society for Swallowing Disorders guideline for the diagnosis and treatment of post-stroke dysphagia; European Stroke Journal 2021 6:3, LXXXIX-CXV para o alerta e medidas terapêuticas mais assertivas para esta grave condição.
8. GESTÃO E CONTROLE.
Consideramos muito importante que o gestor e os profissionais da saúde, responsáveis pelo atendimento das pessoas com suspeita de AVCi agudo, estejam em constante aprimoramento para que o atendimento seja assertivo e em tempo hábil para a reversão do quadro agudo e melhor prognóstico. A qualidade do protocolo apresentado é muito evidente. Enfatizaríamos, ainda, a empatia para com a pessoa e seus familiares, fundamentais para a obtenção de informações cruciais no diagnóstico clínico desta condição.
Colocamo-nos à vossa inteira disposição para outras contribuições e esclarecimentos.
Respeitosamente,
Fórum Intersetorial para Combate às DCNTs no Brasil
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