Esta publicação apresenta, a partir de recortes por cada macrorregião do Brasil, os resultados do Covitel, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia. Realizado pela Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir de articulação e financiamento da Umane, a iniciativa contou ainda com cofinanciamento do Instituto Ibirapitanga e apoio da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
O Covitel é um inquérito de âmbito nacional, com representatividade para o Brasil e para as cinco grandes regiões do país: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Seus achados compõem um retrato da magnitude do impacto dos principais fatores de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) na população adulta, com 18 anos ou mais.
Foram coletadas informações sobre atividade física, alimentação, saúde mental, estado de saúde, hipertensão arterial e diabetes, além de outras relacionadas com o consumo de álcool e de tabaco, comparando o período pré-pandemia com o primeiro trimestre de 2022, quando as entrevistas foram realizadas e as vacinas contra a covid-19 já estavam amplamente disponibilizadas para a população.
Desenvolvido em um contexto de pandemia, este inquérito traz resultados relevantes para a construção de conhecimento sobre a influência da covid-19 nos fatores de risco para as DCNT no Brasil. O Covitel apresenta informações robustas e atualizadas, acrescentando insumos oportunos para a análise da situação de saúde da população em um momento ímpar que, muito provavelmente, trará implicações para a saúde das pessoas nos próximos anos e até mesmo nas próximas décadas.
O grande objetivo do projeto Covitel e desta publicação é contribuir para o fortalecimento da capacidade analítica de gestores de maneira intersetorial, a fim de orientar as prioridades e as ações para a redução da morbimortalidade por DCNT no Brasil.
A divisão por capítulos que trazem os dados de cada região individualmente visa refletir as particularidades de um país com dimensões continentais, trazendo insumos para análises mais fidedignas da situação de saúde da população e tendo em vista as disparidades no território brasileiro. Ainda com esse olhar, este material traz um capítulo focado em desigualdades, com análises por sexo e por escolaridade. Entender as diferenças regionais e demográficas é fundamental para a formulação e a avaliação de políticas e ações de saúde pública que possam endereçar as diversas necessidades da população.
Dados confiáveis e atualizados são essenciais para a vigilância em saúde, permitindo o planejamento, a organização e a avaliação de políticas públicas com foco em saúde, desenvolvimento social, entre outros, que permitam a melhor racionalização dos recursos. Com base em evidências, é possível direcionar com mais eficiência as ações, visando, sobretudo, à promoção da saúde e à prevenção das doenças.
Esta publicação chega como mais um recurso para divulgar os dados do Covitel de forma ampla, completa e transparente. Além das informações presentes neste material, pesquisadores, gestores públicos, profissionais da saúde e sociedade civil também podem acessar os dados de forma direta, ágil e intuitiva na plataforma Observatório da Atenção Primária à Saúde, desenvolvida pela Umane.
Fonte: https://www.conass.org.br/biblioteca/cd-42-covitel-um-retrato-dos-impactos-da-pandemia-nos-fatores-de-risco-para-doencas-cronicas-nao-transmissiveis/
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