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FórumCCNTs participa de audiência pública sobre tecnologias no tratamento de diabetes

Audiência pública realizada na última quarta-feira (19) reuniu importantes líderes e especialistas para debater a situação da incorporação de novas tecnologias para o diabetes


FórumCCNTs participou em junho da Audiência Pública sobre a Importância das tecnologias no tratamento do Diabetes, que faz parte da Comissão Saúde realizada no Auditório Freitas Nobre, Câmara dos Deputados, e requerida pela Deputada Federal Flávia Morais (PDT/GO). A Sra. Patrícia de Luca, Membro da Comissão Organizadora do FórumCCNTs e Diretora Executiva da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF), representou o FórumCCNTs na audiência.



A audiência pública também contou com a participação de Jaqueline Correia, Presidente do Instituto Diabetes Brasil; Solange Travassos, Sociedade Brasileira de Diabetes; Karla Melo, Sociedade Brasileira de Diabetes; Lucia Xavier, Associação de Diabetes Juvenil (ADJ); e Hermelinda Pedrosa, Federação Internacional de Diabetes.


O evento teve como premissa a discussão e conscientização sobre a relevância das tecnologias no manejo do diabetes, destacando os avanços e benefícios proporcionados por dispositivos como os monitores contínuos de glicose, as bombas de insulina e outras ferramentas inovadoras no manejo da condição. Além disso, buscou-se também abordar os desafios enfrentados pelas pessoas com diabetes no acesso a essas tecnologias e as políticas públicas necessárias para ampliar sua disponibilidade e acesso.


A Sra. Patrícia de Luca foi uma das painelistas da audiência pública e, baseada nas ações do Grupo Temático de Condições/Doenças Cardiovasculares (DCV) detalhou o relato de caso da consulta pública da CONITEC sobre o Point-of-Care Testing de hemoglobina glicada para pessoas com diabetes. No caso a recomendação inicial foi desfavorável devido ao alto custo e impacto orçamentário.


Dentro do relatório do custo da CONITEC, em cinco anos, com 50% de cobertura, esse impacto seria de quase R$ 750 milhões, comparados com o laboratorial, que era de R$ 138 milhões. Ou seja, uma diferença considerável e que poderia facilitar a incorporação para municípios mais pobres


Um estudo da IDF de 2021 identificou no Brasil o número total de 15,7 milhões de pessoas com diabetes (de 20 a 79 anos), com gastos de US$ 42,9 bilhões (aproximadamente R$ 235 bilhões na cotação atual). Dados do Type 1 Index, dão conta de 5,7 anos perdidos para complicações devido ao manejo inadequado da condição, com redução da expectativa de 25,4 anos.


A cada ano os gastos devido à complicação só aumentam, como no diabetes que passa de US$ 1.678,5 mil (aproximadamente R$ 9,2 mil na cotação atual) no primeiro ano para US$ 5.172,4 (aproximadamente R$ 28,35 mil na cotação atual) no segundo ano. A partir desses dados alarmantes foi elaborado uma carta para a CONITEC com uma quantidade expressiva de dados.


Os exemplos nas cidades de Vitória da Conquista e Teófilo Otoni conseguiram reduzir a hemoglobina glicada em 0,9%, que representou 25%, e 0,7%, representando 8,5%, respectivamente. Os estudos tiveram extrema importância para o FórumCCNTs e as mais de 250 instituições parceiras no trabalho em conjunto.


"O Point-of-Care é para ter os parâmetros metabólicos em populações ribeirinhas e afastadas, como é feito em Teófilo Otoni, em Vitória da Conquista. Elas precisam disso, porque o deslocamento é muito difícil, e precisamos de algo imediato. Não há como mandar para o laboratório, esperar um mês, para depois voltar. A pessoa já fugiu, você não sabe mais onde ela está. Então, acho que o Point-of-Care é o futuro", completa Patrícia.


Para mais informações sobre a audiência pública, clique aqui.


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